quarta-feira, 16 de maio de 2012

Depressão Infantil

Quando se pensa em depressão, automaticamente nos vêm a imagem de alguém que apenas chora, fica melancólica, deprimida, contudo, esta doença pode se manifestar de diferentes formas e, em especial nas crianças, é um tanto mais difícil de se identificar, pois os sintomas podem ser confundidos com malcriação, pirraça ou birra, mau humor, tristeza e agressividade. O que diferencia a depressão das tristezas do dia-a-dia é a intensidade, a persistência e as mudanças em hábitos normais das atividades da criança.A depressão infantil costuma se manifestar a partir de uma situação que sinta como traumática, tais como: separação dos pais, mudança de colégio, morte de uma pessoa querida ou animal de estimação, entre outros.Os sintomas para os quais os pais precisam ficar atentos são: desatenção em tudo o que se tenta fazer; dificuldade de memória e raciocínio; angústia; agressividade; alteração do apetite; ficar freqüentemente cabisbaixo; falta de prazer em realizar atividades que, anteriormente já fazia e não demonstrava insatisfação; isolamento; apatia; alteração do sono (ou dorme muito ou não consegue dormir); queixa-se de muitas dores; sentimentos de inferioridade; freqüente sensação de cansaço; pensamentos associados à tragédias; sentimentos de culpa e uma imensa dificuldade em se afastar da mãe.Contudo, à medida que os pais se dão conta de que algo precisa ser feito pelo filho, seja através da escola, algum amigo, pediatra, etc., vem uma série de questionamentos, do tipo “onde foi que eu errei”, permeado por sentimentos de culpa, por acreditar que sempre fez o melhor pelo filho, deu atenção, carinho, presentes, entre outros, e que isso não poderia ter acontecido, até porque nunca nada, faltou ao filho. Mas acredito que o mais importante a se compreender é que, independente da realidade externa, a forma como tudo é sentido internamente independe de fatores externos, é a realidade dele, e cabe ressaltar que isso justifica o porquê de tantas diferenças entre os irmãos, que, na maioria das vezes, são criados da mesma forma, porém, reagem de forma distinta.Ao primeiro sinal de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la a um profissional o mais rápido possível. Na maioria das vezes, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes.


Referências:WELLER, E. B. e WELLER, R. A. Transtornos depressivos em crianças e adolescentes. In: Transtornos psiquiátricos na infância e adolescência.  Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

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