quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dar limites não é ser autoritário!

Algumas pessoas acham que dar limites aos filhos é uma questão de opção, mas essas pessoas não sabem que há uma progressão de problemas que podem derivar da falta de limites.
Ao contrario do que parece a quem nunca teve filhos, educar uma criança é um processo (e lembrem-se que todo processo não ocorre do dia para a noite, é um processo, exige tempo, persistência e investimento), com situações totalmente inesperadas para a maioria dos pais, que nem sonhavam em ter tanto trabalho, todo dia, todas as horas do dia.
De maneira geral, a criança não aceita logo nem as explicações que a nos, adultos, nos parecem as mais claras, e, portanto, as mais simples de serem atendidas. Mas, como nem o que é mais límpido e claro é atendido imediatamente – muito pelo contrario, às vezes você repete anos a fio um mesmo e simples objetivo até alcançá-lo -, o que ocorre é que, ao ouvir falar em limites, muita gente interpreta logo como licença para exercer uma postura autoritária, de controle total ou até violência... Realmente é difícil saber quando acaba a autoridade e quando começa o autoritarismo.
Para ajudar, lembre: autoritário é aquele que exerce o poder utilizando como referencial apenas o seu ponto de vista (que é sempre visto como o único correto), a forca física ou o poder que lhe confere sua posição ou o cargo que ocupa, nunca levando em conta o que o outro deseja ou pensa. Também poucas vezes age em prol do bem do outro, o que conta o mais de vezes é o seu próprio interesse. Assim, um pai autoritário é aquele que não deixa o filho entrar na sala porque naquele dia ele está de mau humor, mas num outro, de bem com a vida, não só permite como até exige a presença da criança...
O pai que tem autoridade, por outro lado, ouve e respeita seu filho, mas pode, por vezes, ter de agir de forma mais dura do que gostaria, às vezes até impositivamente, mas sempre o objetivo será o bem-estar do filho, protegê-lo de algum perigo ou orientá-lo em direção à cidadania.
O que quero dizer aqui é: se agirmos com segurança e firmeza de propósitos, mas com muito afeto e carinho, poderemos atingir nossos objetivos em termos de educação do filhos sem autoritarismo e, muito menos, sem bater uma vez sequer em nosso filhos!
Em outras palavras, dar limites não se choca – nem é o oposto, como muitos pensam – com dar amor, carinhos, atenção e segurança.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Filme "Minha Vida"

Há pouco tempo, assisti o filme “Minha Vida” e, seguramente, recomendo à todas às famílias! A estória retrata um jovem casal, ele, executivo, bem-sucedido, casado com uma linda e compreensiva mulher, morando numa casa espaçosa que tem um amplo e bonito jardim, ele tem tudo aquilo que esperamos conseguir em nossas vidas. Ou melhor, quase tudo...

Ironicamente o destino lhes pregou uma grande peça, Bob Jones (Michael Keaton) está doente e lhe faltam poucos meses de vida. Ao mesmo tempo em que sua doença se manifestou, sua esposa Gail (Nicole Kidman) ficou grávida. Bob ganhou um grande presente e nem poderá aproveitá-lo. A chegada de seu herdeiro tinha que coincidir com a sua partida dessa vida? Enfim, não vou acabar com a graça e toda expectativa desse filme... mas preciso comentar até que você assista. Este filme nos coloca em contato com uma emocionante história em que aprendemos a valorizar cada minuto de nossa existência, a partir de um drama pessoal que pode acontecer com qualquer um de nós.

Quantas pessoas já não foram surpreendidas por más notícias em suas vidas? Amigos, parentes, colegas de trabalho ou até nós mesmos passamos por situações de saúde extremamente difíceis e nos apegamos à vida, enfrentando as dificuldades com todas as nossas forças e relembrando a cada momento tudo o que vivemos, remoendo as mágoas ou saboreando nossas memórias felizes...

Por que será que temos que passar por situações tão delicadas e dolorosas para nos dar conta do quanto à vida é única! Experiência impar, sem bilhete de volta, tantas são as pessoas que desperdiçam oportunidades de aproveitar ao máximo os valiosos minutos que lhes são concedidos em suas existências...

Pais e filhos que brigam entre si e deixam de se falar. Amigos que se distanciam em virtude de desavenças tão insignificantes que tempos depois ninguém se lembra ao certo os motivos da separação. Equipes de trabalho que se desfazem em virtude de divergências que poderiam ser resolvidas com algumas conversas e um pouco de bom senso e jogo de cintura...

“Minha Vida” não é apenas um filme que nos leva as lágrimas, deve ser também um folheto em favor da vida e de um melhor aproveitamento da mesma por cada um de nós... Por isso, vou dar dicas para o dia-a-dia, e que assim possam viver da melhor forma possível!

Chore. Não tenha receio de demonstrar seus sentimentos. Viva cada lágrima com a devida intensidade. A vida não pode ser reprimida. Nossas dores e temores, anseios e fracassos, erros e descaminhos são parte integrante da jornada de todos nós. Muitas são as pessoas que literalmente “represam” seus sentimentos e acabam se tornando amargurados e infelizes!

Ria. Dê altas gargalhadas. Se permita absorver cada momento feliz de sua existência sem se sentir paralisado pela presença de outras pessoas. Quantas não foram às vezes em que antes de soltarmos o riso franco tivemos a preocupação de olhar de lado e avaliar se nossa alegria seria bem recebida. Liberte-se dessas “neuras” e divirta-se com cada instante de sua vida, eles não retornam jamais...

Não podemos perder tempo. Se há mágoas que nos tornam infelizes temos que desatar esses nós e resolver as diferenças para não acumular precocemente mais e mais rugas em nossa testa. Tenha coragem de pedir perdão sempre que for preciso e necessário para manter os mais preciosos elos que nos unem a vida.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Como posso ajudar meu filho com dislexia em casa?

Ontem, quando escrevi sobre dislexia, artigo da Dra. Ana Luiza Amaral, e recebi questionamentos sobre como lidar então, com uma criança disléxica no dia-a-dia, por isso, vou dar algumas dicas que podem ser úteis:
1.      Dividir a lição de casa em partes, assim a criança se cansa menos e pode produzir mais;
2.      Alguém estar ao lado da criança para ler os enunciados ou explicá-los, caso a criança tenha duvidas;
3.      Dividir a leitura de livros com a criança, por exemplo: a criança lê uma parte e alguém da família lê outra, depois a criança novamente;
4.      Diante de uma avaliação, começar a leitura muito antes da data da avaliação, para se ter tempo para realizar a leitura de pequenas partes por vez;
5.      Procurar livros, sites, entre outros, que demonstrem através de figuras, assim a criança pode visualizar, o que facilita a compreensão;
6.      Locar filmes que retratem questões históricas ou literárias que estão sendo vistas na escola, isso pode fazer uma ótima ilustração;
7.      Observar a criança e perceber o que para ela funciona melhor, como: estudar a tarde, pela manha ou à noite; estudar sozinha ou acompanhada; entre outros;
8.      Falar com a criança quando ela estiver com a atenção voltada para você. Caso contrário, pedir para que olhe para você para ter certeza que ela irá ouvir o recado;
9.      Conversar com a coordenação da escola e verificar a disponibilidade para atender às necessidades da criança quanto à prova oral, provas alternativas, entre outros;
10.  Não corrigir sistematicamente erros na escrita e a troca de palavras;
11.  Demonstrar amor, carinho e aceitação, o que levará a criança a se sentir motivada à superar suas dificuldades!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dislexia

Lendo artigos para colocar no meu blog, encontrei este sobre dislexia da Dra. Ana Luiza Amaral Sant’Anna Borba, psicóloga da Associação Brasileira de Dislexia. Acredito que após lerem, muitos pais seguramente vão se sentir aliviados, ao perceberem que às vezes, não é apenas desinteresse dos filhos em estudarem, mas talvez algo a mais, que após diagnóstico, tem grande expectativa de melhora e manejo com relação ao filho. É fato que, inúmeras crianças disléxicas, com bom nível intelectual, são incapazes de utilizar adequadamente alguns instrumentos básicos de comunicação, como a leitura, a escrita, interpretação de texto ou o aprendizado de uma segunda língua, sendo muitas vezes totalmente desmotivadas pelo baixo desempenho escolar. Essas crianças merecem ser encorajadas, a sentir que são capazes e, para isso, nada melhor do que o apoio, amizade, carinho e amor, que precisa vir de todos que as cercam: de seus amigos, colegas, professores e, principalmente, de seus pais.
A dislexia representa um distúrbio do desenvolvimento da linguagem; portanto não é produto de má alfabetização, desmotivação, baixa inteligência ou condição sócio-econômica desfavorecida, se trata de um evento hereditário, com alterações genéticas e de padrão neurológico.
Quando a criança se atrasa na aprendizagem da leitura e escrita, isto poderá acarretar perdas na pratica essencial para construção e fluência do vocabulário, além de ficar cada vez mais para traz na aquisição da capacidade de compreensão e do conhecimento do mundo que a cerca.
Ainda hoje acredita-se que essas deficiências são passageiras e será logo superadas, contudo isso não passa de um mito; pois as pesquisas revelam que em cada 4 crianças que lêem com dificuldade na 3ª série, terão problemas no Ensino Médio e Superior.
Os educadores podem desempenhar um papel fundamental na identificação de um problema de leitura e comunicá-lo à orientação educacional, para que a mesma encaminhe a criança à uma avaliação especializada; pois quanto mais cedo se fizer um diagnostico, mais rápido ele poderá buscar ajuda e evitar a persistência do insucesso escolar e os problemas decorrentes do mesmo, tais como: baixa auto-estima, reprovação, marginalização, evasão, etc.
Para que possamos levantar a hipótese de dislexia em sala de aula, devemos lembrar que o grau de dificuldade varia muito, assim como os sintomas apresentados e estarmos atentos aos seguintes sinais:
- dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita;
- falta de habilidade para escrever (ritmo lento, trocas);
- leitura lenta, sem pontuação, com hesitação comprometendo a compreensão;
- discurso pouco fluente, com pausas ou hesitações freqüentes;
- muitas vezes é incapaz de encontrar a palavra correta, confundindo as que têm sons semelhantes;
- dificuldade para lembrar o nome dos objetos, substituindo-os por
 “aquela coisa” ou “aquele negocio”;
- dificuldade para gravar instruções, recados, datas e listas aleatórias;
- dificuldade para memorizar seqüências (alfabeto, meses do anos, tabuada, números de telefone, etc);
- pode realizar calculo mental, mas confundir-se na hora de registrar a operação no papel;
- pode apresentar dificuldades para compreender problemas;
- dificuldade na aula de Educação Física;
- desorganização (perde material com freqüência e para executar as atividades);
- confunde direita e esquerda;
- deficiência em manusear mapas e dicionários;
- desempenho insatisfatório nas avaliações somativas.
Estas diferenças não são observadas ao mesmo tempo em todos os disléxicos, elas ocorrem em diversas combinações.
Além desses aspectos, podemos observar habilidades tais como:
- conceituar, raciocinar, imaginar e abstrair
- capacidade para entender o todo
- compreender aquilo que se lê para ele
- excelente desempenho em áreas que não dependem da leitura
- aprendizagem realizada mais pelo significado do que pela memória imediata
- desempenho na média ou acima nas avaliações formativas alternativas.
E não se esqueçam de que homens como Leonardo da Vinci e Walt Disney também eram disléxicos!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Minimamente Feliz!!!

"A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos. Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes' - Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.
Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.
Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.
Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera".
(Leila Ferreira, jornalista)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Receita Especial para Pais de Adolescentes

Pessoal, olha que coisa mais interessante! Lendo um dos meus livros, me deparei com essa receita para os pais de adolescentes, e, não tenho dúvidas de que não é simples como mostra tal receita, mas penso que podemos refletir e ter a certeza de que todo o trabalho do processo adolescente, vale à pena por aprendermos tanto com eles!
Ponha uma porção generosa de comunicação, sobretudo enquanto escuta, misture devagar com negociação participativa, freqüentes demonstrações de interesse por tudo de que o filho gosta e o ingrediente final, um monte de amor!
O cozinheiro precisa, porém, ser paciente, porque misturar os ingredientes demanda tempo, às vezes uma porção de anos, e muita disposição para relevar, rir e confiar. Rir é ingrediente essencial e por vezes pode exigir que o cozinheiro tire “uma folga” para recarregar as baterias do riso! Mas o produto final de todo o esforço vai ser absolutamente maravilhoso! Nem mesmo Michelangelo poderia ter criado obra mais extraordinária do que um adulto jovem!

Confusão Adolescencial

Talvez o maior problema de comunicação entre pais e filhos adolescentes, seja que os pais, de alguma forma, tentam impor o mesmo tipo de controle e autoridade que exerciam quando os filhos ainda eram crianças e até pré-adolescentes. Se um pai pede algo à um filho de seis anos, certamente será atendido, pois, na maioria das vezes, os pais convencem os filhos a fazerem aquilo que eles querem. Já os adolescentes questionam a tudo e a todos, e a tendência é questionar, principalmente, a autoridade paterna. Acredito que a forma de educar, ou mesmo o manejo que é feito com os filhos, que a partir de agora, será o ponto critico!
Quando se tratam de adolescentes, os pais devem ser claros, diretos, de forma a não dar margens às dúvidas!
Alguns pais precisam ser advertidos de que eles são os adultos, pois a inversão de papéis, em especial nessa fase, é muito comum, a sensação que tenho é que quando há um adolescente na família, toda a família adolesce, parece que a confusão adolescencial é tamanha, que contamina a todos!
Quando os pais se relacionam com seus filhos de igual para igual, ou atuam como amigos, em vez de como filhos, isso pode soar como falta de orientação. Os jovens já estão bastante ocupados em descobrir quem são e se são normais, em estabelecer e manter amizades, em se atualizar da moda, aprender a lidar com relacionamento amoroso e também com atração sexual. No meio de toda essa confusão, os pais precisam prover estabilidade.
É preciso que os pais expliquem não só os motivos para suas posições, mas deixem claro que amam seus filhos, verbalizar isso. É importante que sejam evitadas as expressões, como por exemplo: “vai fazer assim porque eu mandei”; “a casa é minha e quem manda aqui sou eu”; “não tenho que lhe dar explicações”, entre outros que soam de forma extremamente natural aos pais, enquanto os adolescentes sentem-se confrontados e naturalmente provocados. E por mais estranho que possa pareça, eles só precisam ser ouvidos, escutados e vistos!
Alguns pais preferem não saber o que acontece na vida dos filhos, se esquivam. Talvez reajam dessa maneira porque o assunto adolescência e o comportamento dos adolescentes podem causar muita angústia e apreensão. Penso que ignorar o que está acontecendo pode gerar conseqüências mais graves, as quais poderiam ter sido evitadas de alguma forma! É sempre melhor estar envolvido na vida dos filhos e estar por dentro desse mundo de descobertas, até porque, por mais que os adolescentes jamais vão admitir, eles necessitam e muito dos cuidados dos pais, em todos os sentidos, como orientações na carreira, administrar o próprio dinheiro, entre outros, mas nenhum assunto é mais importante do que a felicidade dos nossos filhos!
Considero de extrema importância que os pais estejam empenhados em estabelecer canais de comunicação com seus filhos. Tente trocar idéias, buscar soluções, porque o que eles querem é isso, atenção, orientação, olhar dos pais. Pode ser que no começo tenham certa resistência em conversar sobre determinado assuntos, e podem até aparentar uma surdez seletiva, mas se vocês pais insistirem, os filhos com certeza irão ceder. Quando, no consultório, converso com adolescentes, uma das maiores queixas com relação aos pais é a falta de tempo destes e a dificuldade em compreender o universo adolescente, a sensação que se têm, é como se os pais tivessem medo de entrar em contato com o processo de crescimento dos próprios filhos.
Pais que são mais ansiosos, e querem saber tudo, o tempo todo, são mais invasivos e o resultado desta atuação pode gerar grande ressentimento, e dar ao adolescente a sensação de falta de confiança. Quando se dão conta de que aquele interesse todo pelas questões do adolescente, são muito mais uma forma de controle do que de interesse pelas questões adolescenciais, se revoltam e provavelmente vão revidar na mesma moeda: perderão a confiança nos pais.
Embora a comunicação entre pais e filhos seja fundamental, permitir-lhes alguma privacidade é essencial.
Atualmente, com o bombardeio diário de noticias e informações, inversão de papéis, correria diária, muitos pais adotam o estilo de “deixa correr solto”, agem de forma impulsiva, tomam decisões precipitadamente, sem se darem conta como isso pode respingar nos filhos... Se os pais são inconstantes nas posições que assumem, conseqüentemente os filhos ficarão inseguros e sem modelo de referência, deixando-os confuso quanto como agir.
Bom, vocês devem estar se questionando, mas e aí??? O que devo fazer??? Psicólogo é muito subjetivo e não diz exatamente como devo agir! Calma! Acredito que não há uma estratégia perfeita, mas se existe, a melhor forma é viver cada dia da melhor maneira possível, na tentativa de passar aos nossos filhos, um modelo de consistência, com valores, princípios, ética e moral. Penso também que a maior preocupação dos pais deveria ser em preservar e investir na relação com os filhos. Muitas vezes isso implica em ter flexibilidade, dores de cabeça, uma combinação de estilos e ter a certeza de que lidar com adolescentes, é estar misturado e envolvido com suas confusões!