quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dar limites não é ser autoritário!

Algumas pessoas acham que dar limites aos filhos é uma questão de opção, mas essas pessoas não sabem que há uma progressão de problemas que podem derivar da falta de limites.
Ao contrario do que parece a quem nunca teve filhos, educar uma criança é um processo (e lembrem-se que todo processo não ocorre do dia para a noite, é um processo, exige tempo, persistência e investimento), com situações totalmente inesperadas para a maioria dos pais, que nem sonhavam em ter tanto trabalho, todo dia, todas as horas do dia.
De maneira geral, a criança não aceita logo nem as explicações que a nos, adultos, nos parecem as mais claras, e, portanto, as mais simples de serem atendidas. Mas, como nem o que é mais límpido e claro é atendido imediatamente – muito pelo contrario, às vezes você repete anos a fio um mesmo e simples objetivo até alcançá-lo -, o que ocorre é que, ao ouvir falar em limites, muita gente interpreta logo como licença para exercer uma postura autoritária, de controle total ou até violência... Realmente é difícil saber quando acaba a autoridade e quando começa o autoritarismo.
Para ajudar, lembre: autoritário é aquele que exerce o poder utilizando como referencial apenas o seu ponto de vista (que é sempre visto como o único correto), a forca física ou o poder que lhe confere sua posição ou o cargo que ocupa, nunca levando em conta o que o outro deseja ou pensa. Também poucas vezes age em prol do bem do outro, o que conta o mais de vezes é o seu próprio interesse. Assim, um pai autoritário é aquele que não deixa o filho entrar na sala porque naquele dia ele está de mau humor, mas num outro, de bem com a vida, não só permite como até exige a presença da criança...
O pai que tem autoridade, por outro lado, ouve e respeita seu filho, mas pode, por vezes, ter de agir de forma mais dura do que gostaria, às vezes até impositivamente, mas sempre o objetivo será o bem-estar do filho, protegê-lo de algum perigo ou orientá-lo em direção à cidadania.
O que quero dizer aqui é: se agirmos com segurança e firmeza de propósitos, mas com muito afeto e carinho, poderemos atingir nossos objetivos em termos de educação do filhos sem autoritarismo e, muito menos, sem bater uma vez sequer em nosso filhos!
Em outras palavras, dar limites não se choca – nem é o oposto, como muitos pensam – com dar amor, carinhos, atenção e segurança.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Filme "Minha Vida"

Há pouco tempo, assisti o filme “Minha Vida” e, seguramente, recomendo à todas às famílias! A estória retrata um jovem casal, ele, executivo, bem-sucedido, casado com uma linda e compreensiva mulher, morando numa casa espaçosa que tem um amplo e bonito jardim, ele tem tudo aquilo que esperamos conseguir em nossas vidas. Ou melhor, quase tudo...

Ironicamente o destino lhes pregou uma grande peça, Bob Jones (Michael Keaton) está doente e lhe faltam poucos meses de vida. Ao mesmo tempo em que sua doença se manifestou, sua esposa Gail (Nicole Kidman) ficou grávida. Bob ganhou um grande presente e nem poderá aproveitá-lo. A chegada de seu herdeiro tinha que coincidir com a sua partida dessa vida? Enfim, não vou acabar com a graça e toda expectativa desse filme... mas preciso comentar até que você assista. Este filme nos coloca em contato com uma emocionante história em que aprendemos a valorizar cada minuto de nossa existência, a partir de um drama pessoal que pode acontecer com qualquer um de nós.

Quantas pessoas já não foram surpreendidas por más notícias em suas vidas? Amigos, parentes, colegas de trabalho ou até nós mesmos passamos por situações de saúde extremamente difíceis e nos apegamos à vida, enfrentando as dificuldades com todas as nossas forças e relembrando a cada momento tudo o que vivemos, remoendo as mágoas ou saboreando nossas memórias felizes...

Por que será que temos que passar por situações tão delicadas e dolorosas para nos dar conta do quanto à vida é única! Experiência impar, sem bilhete de volta, tantas são as pessoas que desperdiçam oportunidades de aproveitar ao máximo os valiosos minutos que lhes são concedidos em suas existências...

Pais e filhos que brigam entre si e deixam de se falar. Amigos que se distanciam em virtude de desavenças tão insignificantes que tempos depois ninguém se lembra ao certo os motivos da separação. Equipes de trabalho que se desfazem em virtude de divergências que poderiam ser resolvidas com algumas conversas e um pouco de bom senso e jogo de cintura...

“Minha Vida” não é apenas um filme que nos leva as lágrimas, deve ser também um folheto em favor da vida e de um melhor aproveitamento da mesma por cada um de nós... Por isso, vou dar dicas para o dia-a-dia, e que assim possam viver da melhor forma possível!

Chore. Não tenha receio de demonstrar seus sentimentos. Viva cada lágrima com a devida intensidade. A vida não pode ser reprimida. Nossas dores e temores, anseios e fracassos, erros e descaminhos são parte integrante da jornada de todos nós. Muitas são as pessoas que literalmente “represam” seus sentimentos e acabam se tornando amargurados e infelizes!

Ria. Dê altas gargalhadas. Se permita absorver cada momento feliz de sua existência sem se sentir paralisado pela presença de outras pessoas. Quantas não foram às vezes em que antes de soltarmos o riso franco tivemos a preocupação de olhar de lado e avaliar se nossa alegria seria bem recebida. Liberte-se dessas “neuras” e divirta-se com cada instante de sua vida, eles não retornam jamais...

Não podemos perder tempo. Se há mágoas que nos tornam infelizes temos que desatar esses nós e resolver as diferenças para não acumular precocemente mais e mais rugas em nossa testa. Tenha coragem de pedir perdão sempre que for preciso e necessário para manter os mais preciosos elos que nos unem a vida.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Como posso ajudar meu filho com dislexia em casa?

Ontem, quando escrevi sobre dislexia, artigo da Dra. Ana Luiza Amaral, e recebi questionamentos sobre como lidar então, com uma criança disléxica no dia-a-dia, por isso, vou dar algumas dicas que podem ser úteis:
1.      Dividir a lição de casa em partes, assim a criança se cansa menos e pode produzir mais;
2.      Alguém estar ao lado da criança para ler os enunciados ou explicá-los, caso a criança tenha duvidas;
3.      Dividir a leitura de livros com a criança, por exemplo: a criança lê uma parte e alguém da família lê outra, depois a criança novamente;
4.      Diante de uma avaliação, começar a leitura muito antes da data da avaliação, para se ter tempo para realizar a leitura de pequenas partes por vez;
5.      Procurar livros, sites, entre outros, que demonstrem através de figuras, assim a criança pode visualizar, o que facilita a compreensão;
6.      Locar filmes que retratem questões históricas ou literárias que estão sendo vistas na escola, isso pode fazer uma ótima ilustração;
7.      Observar a criança e perceber o que para ela funciona melhor, como: estudar a tarde, pela manha ou à noite; estudar sozinha ou acompanhada; entre outros;
8.      Falar com a criança quando ela estiver com a atenção voltada para você. Caso contrário, pedir para que olhe para você para ter certeza que ela irá ouvir o recado;
9.      Conversar com a coordenação da escola e verificar a disponibilidade para atender às necessidades da criança quanto à prova oral, provas alternativas, entre outros;
10.  Não corrigir sistematicamente erros na escrita e a troca de palavras;
11.  Demonstrar amor, carinho e aceitação, o que levará a criança a se sentir motivada à superar suas dificuldades!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dislexia

Lendo artigos para colocar no meu blog, encontrei este sobre dislexia da Dra. Ana Luiza Amaral Sant’Anna Borba, psicóloga da Associação Brasileira de Dislexia. Acredito que após lerem, muitos pais seguramente vão se sentir aliviados, ao perceberem que às vezes, não é apenas desinteresse dos filhos em estudarem, mas talvez algo a mais, que após diagnóstico, tem grande expectativa de melhora e manejo com relação ao filho. É fato que, inúmeras crianças disléxicas, com bom nível intelectual, são incapazes de utilizar adequadamente alguns instrumentos básicos de comunicação, como a leitura, a escrita, interpretação de texto ou o aprendizado de uma segunda língua, sendo muitas vezes totalmente desmotivadas pelo baixo desempenho escolar. Essas crianças merecem ser encorajadas, a sentir que são capazes e, para isso, nada melhor do que o apoio, amizade, carinho e amor, que precisa vir de todos que as cercam: de seus amigos, colegas, professores e, principalmente, de seus pais.
A dislexia representa um distúrbio do desenvolvimento da linguagem; portanto não é produto de má alfabetização, desmotivação, baixa inteligência ou condição sócio-econômica desfavorecida, se trata de um evento hereditário, com alterações genéticas e de padrão neurológico.
Quando a criança se atrasa na aprendizagem da leitura e escrita, isto poderá acarretar perdas na pratica essencial para construção e fluência do vocabulário, além de ficar cada vez mais para traz na aquisição da capacidade de compreensão e do conhecimento do mundo que a cerca.
Ainda hoje acredita-se que essas deficiências são passageiras e será logo superadas, contudo isso não passa de um mito; pois as pesquisas revelam que em cada 4 crianças que lêem com dificuldade na 3ª série, terão problemas no Ensino Médio e Superior.
Os educadores podem desempenhar um papel fundamental na identificação de um problema de leitura e comunicá-lo à orientação educacional, para que a mesma encaminhe a criança à uma avaliação especializada; pois quanto mais cedo se fizer um diagnostico, mais rápido ele poderá buscar ajuda e evitar a persistência do insucesso escolar e os problemas decorrentes do mesmo, tais como: baixa auto-estima, reprovação, marginalização, evasão, etc.
Para que possamos levantar a hipótese de dislexia em sala de aula, devemos lembrar que o grau de dificuldade varia muito, assim como os sintomas apresentados e estarmos atentos aos seguintes sinais:
- dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita;
- falta de habilidade para escrever (ritmo lento, trocas);
- leitura lenta, sem pontuação, com hesitação comprometendo a compreensão;
- discurso pouco fluente, com pausas ou hesitações freqüentes;
- muitas vezes é incapaz de encontrar a palavra correta, confundindo as que têm sons semelhantes;
- dificuldade para lembrar o nome dos objetos, substituindo-os por
 “aquela coisa” ou “aquele negocio”;
- dificuldade para gravar instruções, recados, datas e listas aleatórias;
- dificuldade para memorizar seqüências (alfabeto, meses do anos, tabuada, números de telefone, etc);
- pode realizar calculo mental, mas confundir-se na hora de registrar a operação no papel;
- pode apresentar dificuldades para compreender problemas;
- dificuldade na aula de Educação Física;
- desorganização (perde material com freqüência e para executar as atividades);
- confunde direita e esquerda;
- deficiência em manusear mapas e dicionários;
- desempenho insatisfatório nas avaliações somativas.
Estas diferenças não são observadas ao mesmo tempo em todos os disléxicos, elas ocorrem em diversas combinações.
Além desses aspectos, podemos observar habilidades tais como:
- conceituar, raciocinar, imaginar e abstrair
- capacidade para entender o todo
- compreender aquilo que se lê para ele
- excelente desempenho em áreas que não dependem da leitura
- aprendizagem realizada mais pelo significado do que pela memória imediata
- desempenho na média ou acima nas avaliações formativas alternativas.
E não se esqueçam de que homens como Leonardo da Vinci e Walt Disney também eram disléxicos!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Minimamente Feliz!!!

"A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos. Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes' - Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.
Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.
Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.
Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera".
(Leila Ferreira, jornalista)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Receita Especial para Pais de Adolescentes

Pessoal, olha que coisa mais interessante! Lendo um dos meus livros, me deparei com essa receita para os pais de adolescentes, e, não tenho dúvidas de que não é simples como mostra tal receita, mas penso que podemos refletir e ter a certeza de que todo o trabalho do processo adolescente, vale à pena por aprendermos tanto com eles!
Ponha uma porção generosa de comunicação, sobretudo enquanto escuta, misture devagar com negociação participativa, freqüentes demonstrações de interesse por tudo de que o filho gosta e o ingrediente final, um monte de amor!
O cozinheiro precisa, porém, ser paciente, porque misturar os ingredientes demanda tempo, às vezes uma porção de anos, e muita disposição para relevar, rir e confiar. Rir é ingrediente essencial e por vezes pode exigir que o cozinheiro tire “uma folga” para recarregar as baterias do riso! Mas o produto final de todo o esforço vai ser absolutamente maravilhoso! Nem mesmo Michelangelo poderia ter criado obra mais extraordinária do que um adulto jovem!

Confusão Adolescencial

Talvez o maior problema de comunicação entre pais e filhos adolescentes, seja que os pais, de alguma forma, tentam impor o mesmo tipo de controle e autoridade que exerciam quando os filhos ainda eram crianças e até pré-adolescentes. Se um pai pede algo à um filho de seis anos, certamente será atendido, pois, na maioria das vezes, os pais convencem os filhos a fazerem aquilo que eles querem. Já os adolescentes questionam a tudo e a todos, e a tendência é questionar, principalmente, a autoridade paterna. Acredito que a forma de educar, ou mesmo o manejo que é feito com os filhos, que a partir de agora, será o ponto critico!
Quando se tratam de adolescentes, os pais devem ser claros, diretos, de forma a não dar margens às dúvidas!
Alguns pais precisam ser advertidos de que eles são os adultos, pois a inversão de papéis, em especial nessa fase, é muito comum, a sensação que tenho é que quando há um adolescente na família, toda a família adolesce, parece que a confusão adolescencial é tamanha, que contamina a todos!
Quando os pais se relacionam com seus filhos de igual para igual, ou atuam como amigos, em vez de como filhos, isso pode soar como falta de orientação. Os jovens já estão bastante ocupados em descobrir quem são e se são normais, em estabelecer e manter amizades, em se atualizar da moda, aprender a lidar com relacionamento amoroso e também com atração sexual. No meio de toda essa confusão, os pais precisam prover estabilidade.
É preciso que os pais expliquem não só os motivos para suas posições, mas deixem claro que amam seus filhos, verbalizar isso. É importante que sejam evitadas as expressões, como por exemplo: “vai fazer assim porque eu mandei”; “a casa é minha e quem manda aqui sou eu”; “não tenho que lhe dar explicações”, entre outros que soam de forma extremamente natural aos pais, enquanto os adolescentes sentem-se confrontados e naturalmente provocados. E por mais estranho que possa pareça, eles só precisam ser ouvidos, escutados e vistos!
Alguns pais preferem não saber o que acontece na vida dos filhos, se esquivam. Talvez reajam dessa maneira porque o assunto adolescência e o comportamento dos adolescentes podem causar muita angústia e apreensão. Penso que ignorar o que está acontecendo pode gerar conseqüências mais graves, as quais poderiam ter sido evitadas de alguma forma! É sempre melhor estar envolvido na vida dos filhos e estar por dentro desse mundo de descobertas, até porque, por mais que os adolescentes jamais vão admitir, eles necessitam e muito dos cuidados dos pais, em todos os sentidos, como orientações na carreira, administrar o próprio dinheiro, entre outros, mas nenhum assunto é mais importante do que a felicidade dos nossos filhos!
Considero de extrema importância que os pais estejam empenhados em estabelecer canais de comunicação com seus filhos. Tente trocar idéias, buscar soluções, porque o que eles querem é isso, atenção, orientação, olhar dos pais. Pode ser que no começo tenham certa resistência em conversar sobre determinado assuntos, e podem até aparentar uma surdez seletiva, mas se vocês pais insistirem, os filhos com certeza irão ceder. Quando, no consultório, converso com adolescentes, uma das maiores queixas com relação aos pais é a falta de tempo destes e a dificuldade em compreender o universo adolescente, a sensação que se têm, é como se os pais tivessem medo de entrar em contato com o processo de crescimento dos próprios filhos.
Pais que são mais ansiosos, e querem saber tudo, o tempo todo, são mais invasivos e o resultado desta atuação pode gerar grande ressentimento, e dar ao adolescente a sensação de falta de confiança. Quando se dão conta de que aquele interesse todo pelas questões do adolescente, são muito mais uma forma de controle do que de interesse pelas questões adolescenciais, se revoltam e provavelmente vão revidar na mesma moeda: perderão a confiança nos pais.
Embora a comunicação entre pais e filhos seja fundamental, permitir-lhes alguma privacidade é essencial.
Atualmente, com o bombardeio diário de noticias e informações, inversão de papéis, correria diária, muitos pais adotam o estilo de “deixa correr solto”, agem de forma impulsiva, tomam decisões precipitadamente, sem se darem conta como isso pode respingar nos filhos... Se os pais são inconstantes nas posições que assumem, conseqüentemente os filhos ficarão inseguros e sem modelo de referência, deixando-os confuso quanto como agir.
Bom, vocês devem estar se questionando, mas e aí??? O que devo fazer??? Psicólogo é muito subjetivo e não diz exatamente como devo agir! Calma! Acredito que não há uma estratégia perfeita, mas se existe, a melhor forma é viver cada dia da melhor maneira possível, na tentativa de passar aos nossos filhos, um modelo de consistência, com valores, princípios, ética e moral. Penso também que a maior preocupação dos pais deveria ser em preservar e investir na relação com os filhos. Muitas vezes isso implica em ter flexibilidade, dores de cabeça, uma combinação de estilos e ter a certeza de que lidar com adolescentes, é estar misturado e envolvido com suas confusões!


sexta-feira, 15 de junho de 2012

O estigma Hiperatividade

O transtorno de déficit de atenção / Hiperatividade, que responde pela sigla TDAH, é uma patologia pouco conhecida, difícil de detectar e fácil de confundir. Geralmente é desencadeada entre os 3 e 4 anos de idade, alcançando o nível mais critico em torno dos 6 anos de idade.

Um termo utilizado para um comportamento irrequieto, super-excitado e infeliz. Além da criança não conseguir fixar a atenção em uma atividade por mais de alguns minutos, os hiperativos sobem em móveis, falam compulsivamente, vivem perdendo material escolar e não suportam frustrações.

Lidar com um filho hiperativo é um pouco difícil, trabalhoso, pois implica em  conviver com uma criança que não responde ao que é ensinado, vive derrubando as coisas… É impossível não se irritar!

Nem toda criança agitada deve ser rotulada de hiperativa. A agitação pode ser resultado de problemas comportamentais ou manifestações de outras doenças como o autismo e até depressão infantil.

Os sintomas da criança hiperativa aparecem, no máximo, até os sete anos, sendo eles:
· Inquietude - move os pés, mãos e o corpo sem um objetivo claro. Levanta-se, salta e corre quando tem que estar sentado.
· Baixa auto-estima - devido sua impopularidade.
· Aborrecimento e excitação excessivos e incontroláveis - não consegue brincar de forma tranqüila, não respeita a vez dos outros e excita-se e se aborrece com freqüência.
· Acentuada impulsividade - age antes de pensar, responde antes que terminem a pergunta.
· Falta de concentração - não atende aos detalhes, nem à organização, nem as instruções.
· Falta de persistência - além de não terminar as tarefas, evita as que necessitam de um esforço contínuo.
· Dificuldade para organizar-se e manter a atenção.
· Distração excessiva - esquece-se do que tem que fazer. 
· Audição seletiva – uma surdez fictícia.

E acredito que o ideal para se lidar com o hiperativo, em primeiro lugar, é estabelecer limites. Também é necessário repetir a mesma instrução várias vezes sem perder a paciência e elogiar SEMPRE o que a criança faz certo. Limitar o número de brinquedos disponíveis é importante para evitar distração.

Algo que os pais devem estar atentos é quanto à preferência de copos e pratos de plástico e evitem encher a sala de enfeites ou vasos de vidro, pois quase todo hiperativo tem problema de coordenação motora.

Embora a hiperatividade não tenha cura, ela pode ser controlada com tratamento psicoterápico, prática de atividades físicas e, nos casos mais graves, medicamentos. O remédio melhora a concentração e, assim, facilita a aprendizagem das crianças hiperativas. Mas tem efeito colateral e, por isso, só deve ser usado quando a psicoterapia não for suficiente para ajudá-las a levar uma vida normal.

Os especialistas apontam que as crianças com hiperatividade não tratadas a tempo, terão problemas na adolescência, sofrerão problemas para relacionar-se e inclusive fracasso escolar. No entanto, um tratamento contínuo à medida que a criança vá crescendo, permitirá que o transtorno melhore, e inclusive que se consiga controlar.

Não se deve esquecer que os pais desempenham papel fundamental durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitarão de muito apoio, compreensão, carinho e, sobretudo, muita paciência para que pouco a pouco consigam desenvolver seu dia-a-dia com normalidade!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Texto Pedro Bial

Olha que interessante esse texto do Pedro Bial. Estava procurando frases para começar o dia, quando me deparei com isso! E acredito que a necessidade de compartilhar com vocês é imensa, pois não é só porque temos filhos, que precisamos deixar de ser crianças, diferente do que muitos acreditam, o “mundo adulto” não é chato nem intediante, desde que não “enterramos” nosso lado mais infantil!

“TUDO O QUE HOJE PRECISO REALMENTE SABER, APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA...

Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.
Estas são as coisas que aprendi:
1. Compartilhe tudo;
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça;
6. Não pegue as coisas dos outros;
7. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga; (esse é importante)
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom)
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme. Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair. Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver...”
                                                                                                                            Pedro Bial

terça-feira, 12 de junho de 2012

Porque os pais devem procurar um psicólogo?

Muitos adultos têm dúvidas sobre a necessidade de buscar psicoterapia para seu filho, embora tanto as crianças como os adolescentes, manifestem em geral comportamentos que indicam quando algo não está bem, e mesmo assim, a grande maioria dos pais relutam em procurar ajuda. Os pais tendem a pensar que a criança está passando apenas por uma fase, algo transitório, ou ainda, é comum que se sintam culpados, com receio de que a presença de um psicólogo, possa apontar que eles têm alguma responsabilidade pelo sofrimento de seus filhos.
Realmente não é fácil julgar o momento apropriado para levar um filho ao psicólogo. Muitos adolescentes solicitam aos pais a psicoterapia e, algumas crianças por ouvirem de coleguinhas, podem pedir para ver como é. No entanto, é a escola que costuma ser a primeira a perceber mudanças de comportamento e solicitar um encaminhamento para um psicólogo. Os primeiros sinais que podem ser indicativos da necessidade de um psicodiagnóstico e, conseqüentemente, a psicoterapia são: suspeita de hiperatividade, dificuldade de concentração, agressividade, comportamento inadequado, dificuldade em brincar com outras crianças, ansiedade de separação, entre outros. Estes comportamentos podem comprometer o desempenho escolar da criança e sua vida familiar.
Antes do inicio da psicoterapia, é feito o que chamamos de psicodiagnóstico, que nada mais é do que um processo de conhecimento, onde são realizadas entrevistas com os pais, com o objetivo de conhecer o histórico da criança e/ou adolescente e o ambiente no qual está inserido, visto que, trabalhar com crianças e adolescentes, é trabalhar com a família também! O psicólogo utiliza recursos lúdicos para compreender os sentimentos, angústias e fantasias que a criança expressa através das brincadeiras, e no caso do adolescente, além de conversas, também pode ser utilizado jogos ou qualquer recurso lúdico que o adolescente preferir. Após o psicodiagnóstico, é feita a devolutiva, onde é exposto aos pais o que o psicólogo pode observar quanto à realidade interna do paciente e então é proposto o que pode ser trabalhado, que é o que chamamos de psicoterapia. Iniciado o processo com a criança e/ou adolescente, as sessões ocorrem nos dias e horários estipulados, com duração de quarenta e cinco minutos. Além disso, ao longo do processo psicoterápico, são realizados encontros periódicos com os pais.
São vários os motivos que levam os pais a buscarem atendimento psicológico para seus filhos. Dentre os sintomas e queixas mais comuns (expressas pelos pais) podemos listar: dificuldades de aprendizagem; enurese ou ecoprese diurna ou noturna; pesadelos; dificuldades para dormir; distúrbios alimentares; agressividade; hiperatividade, atrasos no desenvolvimento motor (atrasos para falar, andar, etc.)
Contudo, nem todos os conflitos da criança merecem acompanhamento de um psicólogo, mas se seu filho demonstrar necessidade de ajuda, não se sinta impotente! Você deve consultar um psicólogo, o qual poderá determinar se as dificuldades apresentadas por ele necessitam ou não de uma intervenção. Em alguns casos, o problema pode ser superado apenas com uma orientação aos pais e professores, ou, com uma breve psicoterapia.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Olha que interessante os trechos do livro "O Arroz de Palma" de Francisco Azevedo. Vale à pena ler e acredito que mais interessante ainda, é avaliar e refletir sobre a família que fazemos parte ou sobre o desejo de constituirmos a nossa própria família!
"Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema... Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir... Mas a vida... sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente... Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: é um verdadeiro desastre.
Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Manière; Família ao Molho Pardo (em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria).
Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha.
Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir. Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete."


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Depressão na Adolescência

Durante muito tempo acreditou-se que os adolescentes, assim como as crianças, não eram afetadas pela depressão, já que se supunha que nesta idade não se tinham problemas concretos, muito menos existencial, visto que, a depressão era uma resposta emocional à problemática da vida, sendo assim quem não tinha problema, conseqüentemente não poderia ter depressão.
Muitos adultos ainda erram, quando diagnosticam a depressão no adolescente, como uma simples “coisa de adolescente”. A depressão não é parte natural do processo de crescimento, nem uma falha de caráter ou sinal de fraqueza, ela é um distúrbio que deve ser encarado seriamente em todas as faixas etárias e classes sociais, é uma doença que após diagnosticada, pode ser tratada.

Os adolescentes enfrentam diversos tipos de pressões, desde as mudanças da puberdade à questões sobre quem são e onde pertencem. A transição de criança para adulto também pode trazer conflitos com os pais, na medida em que os adolescentes começam a exigir a sua independência. Com todo este drama, nem sempre é fácil diferenciar entre depressão e estados de humor típicos da adolescência, o que torna as coisas um pouco mais complicadas. Os adolescentes com depressão não aparentam necessariamente tristeza. Em alguns adolescentes deprimidos, são mais visíveis sintomas como irritabilidade, agressividade e raiva.

As novas relações sociais do adolescente, seja com os pais ou com seu grupo de amigos também podem ser uma forte fonte de ansiedade e confusão, ao sentir que ninguém o entende. Os adolescentes em geral sempre se acham injustiçados por tudo e por todos. Isto se agrava se este adolescente estiver dentro de uma família um pouco desorganizada, ou que esteja passando por determinados problemas, e não conseguem lidar da maneira mais adequada.

Normalmente o adolescente tem dificuldade em se comunicar, em contrapartida, atua, age – é a forma que encontra para se comunicar, por exemplo, se ele é cobrado para que estude e suas notas estiverem na média, ele se sente injustiçado e provavelmente agirá de forma birrenta e assim, terá uma diminuição nas notas por conta de mostrar que suas notas estavam dentro da média, o que seria bem mais fácil dialogar.

É importante ficar atento aos sinais de depressão na adolescência, sendo eles: tristeza, desespero, irritabilidade, raiva, choro freqüente, hostilidade, isolamento, perda de interesse por atividades que anteriormente realizava, alteração do sono e da alimentação, sentimentos de culpa, falta de motivação, dores inexplicáveis, extrema sensibilidade às criticas,entre outros.

A depressão pode causar baixos níveis de energia e dificuldades de concentração. Na escola, pode resultar em falta de atenção, declínio das notas, ou dificuldades com os trabalhos de casa. É comum o adolescente deprimido fugir de casa ou falar acerca disso. Os pais devem ficar atentos pois, tentativas deste gênero, são usualmente pedidos de ajuda. Os adolescentes podem utilizar drogas e/ou álcool para se “auto-medicarem”. Infelizmente, o abuso de substância só torna as coisas ainda piores. A depressão pode levar um adolescente a sentir-se feio, envergonhado, falhado, ou sem valor.

Anorexia, bulimia, comer de mais e fazer dietas “yo-yo” são freqüentemente sinais de depressão. Os adolescentes podem utilizar a internet como escape dos seus problemas. Mas o uso excessivo de computadores apenas aumenta o seu isolamento e torna-os ainda mais deprimidos.

Cortar-se, queimar-se, e outros tipos de auto-mutilação estão quase sempre associados a depressão. Os adolescentes deprimidos tendem a assumir comportamentos de risco, como conduzir embriagado, exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, e ter relações sexuais sem proteção.

Alguns adolescentes deprimidos, geralmente aqueles que são vitimas de bullying,  tornam-se violentos. Os adolescentes deprimidos podem desenvolver aversão a si próprios e desejo de morrer, podem originar uma raiva violenta e até homicida.

Adolescentes seriamente deprimidos pensam e falam em suicídio, ou chamam à atenção com tentativas de suicídio. De acordo com os especialistas, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens dos 15 aos 24 anos. Para a maioria dos jovens suicidas, a depressão ou outra desordem psicológica têm um papel fundamental. Em jovens deprimidos que abusam de álcool ou de drogas, o risco de suicídio é ainda maior.

Quanto ao tratamento, a primeira coisa a fazer é procurar ajuda de um profissional capacitado para que o mesmo possa diagnosticar a doença e então entrar com aconselhamento e tratamento. O adolescente, os familiares e o médico devem chegar a uma decisão sobre o tipo mais adequado de tratamento para o paciente. Para alguns adolescentes, a psicoterapia e aconselhamento bastam, mas para outros não é o suficiente, sendo necessário o uso de medicamentos juntamente com a psicoterapia e o aconselhamento que envolve: o adolescente e sua família, sendo bastante benéfico.

Bibliografia: WELLER, E. B. e WELLER, R. A. Transtornos depressivos em crianças e adolescentes. In: Transtornos psiquiátricos na infância e adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Carta aos filhos

Saiu no site da revista época uma notícia em que um pai deixou uma carta, antes de morrer aos filhos, na qual continha 28 lições de vida, colocarei na íntegra como foi publicado. Vale à pena ler e principalmente refletir sobre qual respaldo devemos educar nossos filhos! É muito interessante...
“Nessas últimas semanas, depois de saber de meu diagnóstico terminal, procurei encontrar em minha alma e em meu coração maneiras de estar em contato com vocês enquanto vocês crescem. Estive pensando sobre o que realmente importa na vida, e os valores e as aspirações que fazem das pessoas felizes e bem-sucedidas. Na minha opinião, e vocês provavelmente têm suas próprias idéias agora, a fórmula é bem simples.
As três virtudes mais importantes são: lealdade, integridade e coragem moral. Se aspirarem a elas, seus amigos os respeitarão, seus empregadores o manterão no emprego, e seu pai será muito orgulhoso de vocês.
Estou dando conselhos a vocês. Esses são os princípios sobre o quais tentei construir a minha vida e são exatamente os que eu encorajaria vocês a abraçar, se eu pudesse.
Amo muito vocês. Não se esqueçam disso.
Seja cortês, pontual, sempre diga “por favor” e “obrigado”, e tenha certeza de usar o garfo e a faca de maneira correta. Os outros decidem como tratá-los de acordo com as suas maneiras.
Seja generoso, atencioso e tenha compaixão quando os outros enfrentarem dificuldades, mesmo que você tenha seus próprios problemas. Os outros vão admirar sua abnegação e vão ajudá-lo.
Mostre coragem moral. Faça o que é certo, mesmo que isso o torne impopular. Sempre achei importante ser capaz de me olhar no espelho toda manhã, ao fazer a barba, e não sentir nenhuma culpa ou remorso. Parto deste mundo com a consciência limpa.
Mostre humildade. Tenha a sua opinião, mas pare para refletir no que o outro lado está dizendo, e volte atrás quando souber estar errado. Nunca se preocupe em perder a personalidade. Isso só acontece quando se é cabeça-dura.
Aprenda com seus erros. Você vai cometer muitos, então os use como uma ferramenta de aprendizado. Se você continuar cometendo o mesmo erro ou se meter em problema, está fazendo algo errado.
Evite rebaixar alguém para outra pessoa; isso só vai fazer você ser visto como mau. Se você tiver um problema com alguém, diga a ela pessoalmente. Suspenda fogo! Se alguém importuná-lo, não reaja imediatamente. Uma vez que você disse alguma coisa, não pode mais retirá-la, e a maioria das pessoas merece uma segunda chance.
Divirta-se. Se isso envolve assumir riscos, assuma-os. Se for pego, coloque suas mãos para cima.
Doe para a caridade e ajude os menos afortunados que você: é fácil e muito recompensador.
Sempre olhe para o lado bom! O copo está meio cheio, nunca meio vazio. Toda adversidade tem um lado bom, se você procurar.
Faça seu instinto pensar sempre, sempre em dizer ‘sim’. Procure razões para fazer algo, não as razões para dizer ‘não’. Seus amigos vão gostar de você por isso.
Seja gentil: você conseguirá mais do que você quer se der ao outro o que ele deseja. Comprometer-se pode ser bom.
Sempre aceite convites para festas. Você pode não querer ir, mas eles querem que você vá. Mostre a eles cortesia e respeito.
Nunca abandone um amigo. Eu enterraria cadáveres por meus amigos, se eles me pedissem… por isso eu os escolhi tão cuidadosamente.
Sempre dê gorjeta por um bom serviço. Isso mostra respeito. Mas nunca recompense um mau serviço. Um serviço ruim é um insulto.
Sempre trate aqueles que conhecer como seu igual, estejam eles acima ou abaixo de seu estágio na vida. Para aqueles acima de você, mostre deferência, mas não seja um puxa-saco.
Sempre respeite a idade, porque idade é igual a sabedoria.
Esteja preparado para colocar os interesses de seu irmão à frente dos seus.
Orgulhe-se de quem você é e de onde você veio, mas abra a sua mente para outras culturas e línguas. Quando começar a viajar (como espero que faça), você aprenderá que seu lugar no mundo é, ao mesmo tempo, vital e insignificante. Não cresça mais que os seus calções.
Seja ambicioso, mas não apenas ambicioso. Prepare-se para amparar suas ambições em treinamento e trabalho duro.
Viva o dia ao máximo: faça algo que o faça sorrir ou gargalhar, e evite a procrastinação.
Dê o seu melhor na escola. Alguns professores se esquecem de que os alunos precisam de incentivos. Então, se o seu professor não o incentivar, incentive a si mesmo.
Sempre compre aquilo que você pode pagar. Nunca poupe em hotéis, roupas, sapatos, maquiagem ou joias. Mas sempre procurem um bom negócio. Você recebe por aquilo que paga.
Nunca desista! Meus dois pequenos soldados não têm pai, mas são corajosos, têm um coração grande, estão em forma e são fortes. Vocês também são amados por uma família e amigos generosos. Vocês fazem o seu próprio destino, meus filhos, então lutem por ele.
Nunca sinta pena de si mesmo, ou pelo menos não sinta por muito tempo. Chorar não melhora as coisas.
Cuide de seu corpo que ele vai cuidar de você.
Aprenda um idioma, ou pelo menos tente. Nunca comece uma conversa com um estrangeiro sem primeiro cumprimentá-la em sua língua materna; mas pergunte se ela fala inglês!
E, por fim, tenha carinho por sua mãe, e cuide muito bem dela.
Amo vocês com todo meu coração,
Papai”