sexta-feira, 15 de junho de 2012

O estigma Hiperatividade

O transtorno de déficit de atenção / Hiperatividade, que responde pela sigla TDAH, é uma patologia pouco conhecida, difícil de detectar e fácil de confundir. Geralmente é desencadeada entre os 3 e 4 anos de idade, alcançando o nível mais critico em torno dos 6 anos de idade.

Um termo utilizado para um comportamento irrequieto, super-excitado e infeliz. Além da criança não conseguir fixar a atenção em uma atividade por mais de alguns minutos, os hiperativos sobem em móveis, falam compulsivamente, vivem perdendo material escolar e não suportam frustrações.

Lidar com um filho hiperativo é um pouco difícil, trabalhoso, pois implica em  conviver com uma criança que não responde ao que é ensinado, vive derrubando as coisas… É impossível não se irritar!

Nem toda criança agitada deve ser rotulada de hiperativa. A agitação pode ser resultado de problemas comportamentais ou manifestações de outras doenças como o autismo e até depressão infantil.

Os sintomas da criança hiperativa aparecem, no máximo, até os sete anos, sendo eles:
· Inquietude - move os pés, mãos e o corpo sem um objetivo claro. Levanta-se, salta e corre quando tem que estar sentado.
· Baixa auto-estima - devido sua impopularidade.
· Aborrecimento e excitação excessivos e incontroláveis - não consegue brincar de forma tranqüila, não respeita a vez dos outros e excita-se e se aborrece com freqüência.
· Acentuada impulsividade - age antes de pensar, responde antes que terminem a pergunta.
· Falta de concentração - não atende aos detalhes, nem à organização, nem as instruções.
· Falta de persistência - além de não terminar as tarefas, evita as que necessitam de um esforço contínuo.
· Dificuldade para organizar-se e manter a atenção.
· Distração excessiva - esquece-se do que tem que fazer. 
· Audição seletiva – uma surdez fictícia.

E acredito que o ideal para se lidar com o hiperativo, em primeiro lugar, é estabelecer limites. Também é necessário repetir a mesma instrução várias vezes sem perder a paciência e elogiar SEMPRE o que a criança faz certo. Limitar o número de brinquedos disponíveis é importante para evitar distração.

Algo que os pais devem estar atentos é quanto à preferência de copos e pratos de plástico e evitem encher a sala de enfeites ou vasos de vidro, pois quase todo hiperativo tem problema de coordenação motora.

Embora a hiperatividade não tenha cura, ela pode ser controlada com tratamento psicoterápico, prática de atividades físicas e, nos casos mais graves, medicamentos. O remédio melhora a concentração e, assim, facilita a aprendizagem das crianças hiperativas. Mas tem efeito colateral e, por isso, só deve ser usado quando a psicoterapia não for suficiente para ajudá-las a levar uma vida normal.

Os especialistas apontam que as crianças com hiperatividade não tratadas a tempo, terão problemas na adolescência, sofrerão problemas para relacionar-se e inclusive fracasso escolar. No entanto, um tratamento contínuo à medida que a criança vá crescendo, permitirá que o transtorno melhore, e inclusive que se consiga controlar.

Não se deve esquecer que os pais desempenham papel fundamental durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitarão de muito apoio, compreensão, carinho e, sobretudo, muita paciência para que pouco a pouco consigam desenvolver seu dia-a-dia com normalidade!

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